mergulhem-se

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Soneto - José Alcino Bicalho, poesia

Não me deixei Senhor, cruzar os braços
Na luta que este mundo desconhece
Na qual o meu espírito anoitece
Tão negra noite, de tão negros traços

Não me tirei a luz dos olhos baços
E nem esta esperança que fenece
Pois que ela é como o sol da minha prece
E o bálsamo de todos os meus cansaços

Bem sei que a luta é áspera e tremenda
Pairando em cada canto uma legenda
A sugerir que a causa esta perdida.

Mas sonho a glória de morrer lutando
a derrota só se mostra quando
Alguém se entrega antes do fim da lida.

Um comentário:

Jô disse...

Seu avô!