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terça-feira, 2 de julho de 2013

"o que foge ao corpo” por Leonardo Marona

"o que foge ao corpo”

estou morto e creio
numa revolução
mas estou vivo e isso
é a grande revolução
não comprovada por-
que admito não sei
que língua usar se me
suam os ossos, mas
amo os que deixam
entregues à causa
o que é câncer de rotina
o que estraga o poema
exato porque o amor
é bravo como um potro
e não se fazem potros
a não ser pela bonita
história e já não sabia
agir o mundo-humano
e onde estávamos nós
enquanto dividíamos
a falta e a cerveja ruim?


Leonardo Marona


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domingo, 9 de maio de 2010

"quatro doses de conhaque" - Leonardo Marona, poesia

gosto de lamber impurezas
no meio de dobras quebradiças
e certamente alguma alma antiga,
algum espírito recém-decapitado,
fala por mim nessas noites ou tardes
escuras de vento semelhante a vozes
no timbre das quais em vão procuro
o sal do tesão, a boca falsa do amor.




(poema do livro "pequenas biografias não-autorizadas", Leonardo Marona, Ed. 7 Letras)

O querido Leo se encontra também neste sítio:ASA NISI MASA