Corpo de carne
Sobre um corpo de água.
Sonha-me a mim
Contigo debruçada
Sobre este corpo de rio.
Guarda-me
Solidão e nome
E vive o percurso
Do que corre
Jamais chegando ao fim.
Guarda esta tarde
E repõe sobre as águas
Teus navios. Pensa-me
Imensa, iluminada
Grande corpo de água
Grande rio
Esquecido de chagas e afogados.
Pensa-me rio.
Lavado e aquecido da tua carne.
mergulhem-se
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Sobre os poetas...
"A posição social e a condição do poeta - uso a palavra tanto no sentido amplo como no rigoroso - revelam indiscutivelmente o verdadeiro nível de vitalidade de um povo. A China, o Japão, a Índia, a África - a África primitiva - são lugares em que a poesia ainda é fundamental. O que faz evidentemente falta entre nós, de que nem sequer desconfiamos que carecemos, é o sonhador, o louco inspirado. Com que prazer macabro, na hora de lhe cavarmos a sepultura, focalizamos a atenção no "desajuste" do indivíduo solitário, o único rebelde autêntico de uma sociedade decadente! E no entanto são justamente essas figuras que dão sentido à expressão cediça: "desajuste". "
Henry Miller no prefácio de "A hora dos assassinos"
Henry Miller no prefácio de "A hora dos assassinos"
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